Por AP.
Os telefones celulares ainda não são permitidos da maioria das escolas dos EUA, mas novos dados mostram que eles estão ganhando aceitação, à medida que os administradores se curvam diante dos desejos dos pais de ficar de olho nos filhos, e os professores encontram maneiras de usá-los em lições.
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A porcentagem de escolas públicas do ensino fundamental que proíbe o uso de celulares caiu de 90% em 2010 para 66% em 2016, segundo os dados de uma pesquisa do National Center for Education Statistics. Entre as escolas de ensino médio, o percentual de escolas que vetam o aparelho caiu de 80% para 35%.
O maior sistema escolar do país, a cidade de Nova York, está entre aqueles que abandonaram as proibições rigorosas. O prefeito Bill de Blasio cumpriu uma promessa de campanha quando suspendeu a proibição em 2015, dizendo que ajudaria os pais a manter contato com seus filhos.
A mudança não surpreende Liz Kolb, professora de tecnologia educacional na Universidade de Michigan, que estuda o efeito de telefones celulares nas escolas desde 2004. Naquele tempo, ela lembra, era quase totalmente proibido levar um telefone para o colégio. Isso começou a mudar à medida que mais estudantes, mesmo com 10 anos de idade, usavam os dispositivos.
“Temos visto como as escolas dizem: não vou resistir a essa onda de pais que me chamam de chata porque seus filhos não podem levar seus celulares para as aulas”, afirma Kolb.
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Ao mesmo tempo, os professores aproveitam a tecnologia desta era, em que muitas escolas oferecem aos alunos laptops e tablets para que possam usar todos os programas e aplicativos educacionais disponíveis atualmente.
“Muitos professores perceberam que ter um celular é como ter um computador no bolso, então, para eles, é como ter outra ferramenta de aprendizado que beneficie as crianças e não custa mais dinheiro para a escola”, concluiu Kolb. “Por exemplo, há alunos que usam um aplicativo de dicionário para as aulas de gramática, ou que usam o Google Tradutor para aprender outro idioma. Existem outros aplicativos como o Kahoot! que pode ser conectado a uma lousa eletrônica e permite que os alunos participem da aula interativamente”.
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